Resumo
- Visão geral do evento: A tokenização de ações ganhou destaque no mercado na segunda metade de 2025, impulsionada pelo aumento no volume de negociações e no interesse gerados por Robinhood e xStocks. Em dezembro de 2024, a Exodus obteve aprovação da SEC para transferir suas ações do mercado OTC para a NYSE, o que elevou significativamente a liquidez desses ativos tokenizados por meio da blockchain Algorand. Ainda em dezembro de 2024, o valor de mercado das ações tokenizadas avançou de US$ 5 milhões para mais de US$ 200 milhões.

- Implementação técnica: A Exodus escolheu a Algorand para emitir ações tokenizadas, aproveitando a capacidade da rede de mais de 6.000 transações por segundo e latência inferior a 5 segundos, o que garante fluxo eficiente. A Algorand dispensa smart contracts complexos; é possível criar ativos padrão apenas com parâmetros essenciais, o que simplifica consideravelmente a implantação. O conjunto de comandos Goal reduz ainda mais a complexidade do código, permitindo implementação ágil de ativos on-chain e acelerando o desenvolvimento. Soluções como JavaScript SDK abrem diferentes métodos de implantação, facilitando a gestão de ativos digitais.

- Políticas e regulamentação: A Exodus realizou captação tokenizada via isenção do Regulation A, mas esse mecanismo ainda apresenta baixa eficiência. Apenas 33% da meta foi atingida entre 2015-2024, com a captação ficando abaixo de US$ 1 bilhão em 2024. Políticas pró-cripto nos EUA e a sandbox regulatória incentivada pelo governo Trump criam novas oportunidades para tokenização de ações. Hester Peirce, líder da equipe cripto da SEC, propôs a criação de um sandbox regulatório, permitindo que empresas desenvolvam inovações sob supervisão e apoiando companhias listadas a emitirem valores mobiliários tokenizados na blockchain.

- Tokenização de ações: O financiamento via tokens abrange desde startups até o IPO, demonstrando viabilidade inclusive na abertura de capital, como no caso Exodus. As políticas favoráveis ao setor cripto nos EUA em 2024 estimularam a adoção em larga escala. Empresas early stage como a Quadrant Biosciences arrecadaram mais de US$ 13 milhões com equity tokenizada. Nos estágios Series C a pré-IPO, a tokenização não autorizada de ações de unicórnios como a SpaceX pela Robinhood pode gerar volatilidade nas avaliações. IPOs tokenizados exigem aval da SEC; a Exodus completou o processo com suporte da Securitize. Plataformas como Backed Asset tokenizam ações de empresas como Tesla por meio de SPVs, distribuindo tokens na Solana, mas o descasamento de preços pode elevar o risco de volatilidade para companhias listadas.

- Tendências futuras: O ambiente regulatório aberto ao cripto nos EUA impulsiona o avanço da tokenização de ações. Empresas listadas podem ampliar liquidez ao emitir novas ações ou debêntures conversíveis on-chain, favorecendo expansão e fusões. Em 2024, o refinanciamento de ações nos EUA alcançou US$ 135,9 bilhões, superando muito os US$ 40,7 bilhões de IPOs, o que expõe o alto potencial do mercado. Investidores conseguem adquirir ações tokenizadas com desconto e realizar staking em plataformas DeFi para rentabilizar, atraindo investidores de longo prazo. Os movimentos de M&A cripto dispararam em 2025, como a compra da Deribit pela Coinbase por US$ 2,9 bilhões, e a captação tokenizada pode acelerar a consolidação do setor.

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